Publicação da 1ª Circular
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9 de Junho
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Publicação da 2ª Circular
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9 de Agosto
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Publicação da 3ª Circular
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31 de Agosto
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Abertura das Inscrições
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31 de Agosto
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Abertura para envio das propostas
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31 de Agosto
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Prazo limite para submissão do Resumo
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06 de Outubro
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Resultado e Carta de Aceite dos resumos aprovados
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11 de Outubro
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Abertura do Evento
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18 de Outubro
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Encerramento do Evento
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20 de Outubro
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Submissão de Papers
das comunicações aprovadas
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Depois de 30 de Outubro
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Em meio a estes tempos sombrios e TEMERosos da política brasileira de 2017, lembramos, talvez não por acaso, que o livro A hora da estrela, da intelectual Clarice Lispector, faz 40 anos de sua publicação (1977). Não por acaso porque, ressalvadas as diferenças, o contexto no qual a novela foi escrita também era repressivo, ditatorial e sumariamente desalentador. Assim, valendo-se de sua arma mais poderosa, a linguagem literária, e já talvez antecipando o que Bhabha viria a nos ensinar depois de que narrar é narrar a nação, a intelectual tratou, sem dó nem piedade, de uma realidade política pouco explorada ainda pela narrativa literária brasileira. Apesar de sua participação na passeata dos 100 mil e de algumas crônicas de protestos, incluindo até mesmo alguns pequenos textos considerados ficcionais como é o caso do conto “Mineirinho”, foi por meio de seu compromisso com a linguagem que Clarice soube se antecipar e dar a melhor resposta possível de como captar a realidade política daquele momento histórico do país. Mesmo passados 40 anos de sua publicação, o livro A hora da estrela traz e apresenta-nos um projeto intelectual arrojado que, entre outras leituras, ajuda-nos a compreender melhor essa realidade política brasileira que não nos cansa de surpreender com suas atrocidades, gatunos e malas.
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